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“No começo parece muito difícil, imperfeito, irregular, segue em frente o décimo vai ficar bem melhor que o primeiro!”

Kelly Franceschetti

minha história

Nasci em 13 de fevereiro de 1977, em Porto Alegre/RS- Brasil.

 

Minha história com o crochê começa por volta dos meus 8 ou 9 anos de idade, lembro de observar minhas avós, mãe, tias com seus trabalhos manuais e pedi para minha avó materna me ensinar a fazer o crochê. Minha avó era canhota e eu destra, além do aprendizado de algo novo o desafio de traduzir os movimentos que ela fazia para as minhas mãos o que desenvolveu minha criatividade.

 

Numa visita a minha avó paterna, ela era destra e só fazia crochê com linhas muito finas. Foi quando ganhei uma agulha e linha mais fina. Aprendi com ela barradinhos de panos de prato, contar os pontos, desmanchar e recomeçar, um crochê mais técnico que muitas vezes se confundia com uma renda.

 

A partir daí eu queria fazer roupas para as bonecas, minhas avós me ensinaram a fazer roupas com retalhos de tecido e em cima destes moldes eu fui construindo as primeiras roupinhas.

 

Por volta dos 12 anos aprendi a fazer tricô, e lembro-me de tecer um cachecol para dar de presente para minha mãe. Com o ponto muito apertado e deixando cair da agulha muitas vezes abandonei o tricô por um tempo.

 

Anos depois e eu já era mãe, comecei a tecer roupas para minha filha Greice. Com a ajuda da vó materna comecei a tecer roupas em crochê. Tenho a agulha que ela me deu guardada até hoje. Nesta fase meus crochês eram para a Greice e barrados de toalhas.

 

Fiquei um tempo sem tecer, ocupada com a faculdade de Pedagogia e o trabalho como professora da Educação Infantil. No último ano da faculdade fiquei desempregada e voltei a tecer, desta vez tapetes de barbante para minha casa. Antes de terminar o primeiro jogo, já tinha vendido para uma tia. Isso foi em 1999, até hoje não completei o jogo de tapetes do meu banheiro, mas perdi a conta de quantos fiz.

 

Voltei para a sala de aula do ensino formal, fiz especialização, trabalhei como orientadora educacional e novamente fiquei sem trabalho formal. Foi ai que voltei a fazer meus tapetes. E por conta da minha produção estava sempre na loja de aviamentos mais próxima da minha casa. Um dia li o anúncio pedindo professora de crochê. Candidatei-me dizendo: sou pedagoga, sei ensinar e sei fazer crochê. 5 de novembro de 2003 foi meu primeiro dia, o dia em que minha caminhada na área da educação mudou de rumo.

Fiz um retorno para a sala de aula do ensino formal, o que me fez ter certeza do caminho que eu queria seguir. Pedi demissão e fui estudar desenho de moda, modelagem de vestuário e costura para melhorar minhas peças de crochê. Estes cursos me trouxeram novas experiências, de construção das peças de crochê sob medida, trabalho com estilistas e compartilhar estes conhecimentos com minhas alunas. O Estilista é o profissional que desenvolve novos estilos e cria tendências, essa sou eu com minhas peças de crochê.

 

Minha habilidade de desenho somado ao meu conhecimento de crochê modelagem me permite desenhar não só as peças, mas as receitas e gráficos para que outras pessoas também possam tecer.

 

São muitas as possibilidades dentro deste universo do artesanato, moda e ensino. Por um tempo fui promotora de um fabricante de fios, que me exigiu retomar o tricô e saber mais para poder ensinar. Descobri um Congresso Brasileiro de Tricô, em Curitiba, Peguei um avião e fui, descobri um universo de possibilidades, fios e materiais, e foi aí que o bichinho do tricô me pegou.

 

As aulas de crochê e tricô sempre foram um espaço de aprendizado, trocas de saberes e experiências. No começo as possibilidades de peças eram as que estavam nas revistas, e às vezes ainda é, mas fui proporcionando para alunas a possibilidade de criar suas peças personalizadas, sob medida a partir dos conhecimentos que adquiri ao longo da minha caminhada.

 

Em 2017, comecei a dar aula na Casa Hermosa Novelaria, onde aprendi mais sobre os fios naturais. Novas possibilidades e um novo olhar para as peças confeccionadas e materiais que utilizamos. E pensando em proporcionar novos olhares e possibilidades para as pessoas que desejam fazer parte deste espaço que chamamos de aula de crochê e tricô, foi que decidi mudar os locais de trabalho. Além da Casa Hermosa, a Loja Arte a Parte, a praça de alimentação do Shopping, a praça e minha casa se tornaram minhas novas salas de aula. Qualquer lugar off-line podia ser espaço de tecer fios.

 

Em 2020, com a Pandemia Covid-19, o mundo e precisou se reinventar e pra mim e minhas aulas não foi diferente. Superei minha timidez diante das câmeras, nasceu o CrocheTea, a CAIXAKF e aulas online. O local de encontro com as pessoas que tem desejo de tecer e de conversar mudou então, Youtube, Instagram, Telegram, Google Metting, e outros tantos aplicativos passaram a fazer parte da nossa rotina. Novos aprendizados!

 

Mesmo quando o encontro físico for possível novamente, o encontro virtual não deixará de fazer parte, afinal não importa em que parte do planeta esteja, com energia elétrica e sinal de internet estaremos conectados para tecer juntos.

 

Essa história ainda vai longe, enquanto houver fio sigo tecendo a vida.

Contato

Vem tecer comigo.

Vamos nos conectar.

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